O Fariseu ou Publicano

O Fariseu ou Publicano? 

 Jesus dando continuidade a sua missão, anunciava o Reino dos Céus, mas entre o povo que O ouvia, havia aqueles que, por serem religiosos, consideravam-se justos, ou seja, perfeitos. Eram pessoas cheias de si mesmas, presunçosas, que se intitulavam melhores que as outras e que por isso desprezavam os demais. Nos dias atuais, isso ainda acontece. Quantos não são os jovens que por terem mais tempo de igreja, conhecerem a Bíblia, fazerem parte de algum trabalho na igreja, ou até mesmo possuirem uma condição financeira melhor (usam roupas de marcas, possuem aparelhos de alta tecnologia), menosprezam aqueles que são novos na fé, que ainda estão se libertando e etc.? Sobre isso Jesus contou a história de dois homens: um fariseu e um publicano. Os fariseus eram pessoas conhecedoras da lei de Moisés (Antigo Testamento), pois naquela época ainda não havia o Novo Testamento. Eram judeus que passavam a idéia de pessoas fiéis, verdadeiros praticantes da lei. Mas essa fidelidade era pura hipocrisia, pois usavam da lei para manipular pessoas para os seus próprios interesses. Já os publicanos eram cobradores de impostos, muitas das vezes corruptos, que quando tinham oportunidade, cobravam das pessoas além do que deveriam. Ambos foram para a igreja orar. O fariseu, orando de pé, falava: “... Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! (Lucas 18. 11-13)

Se observarmos atentamente, na postura do fariseu vemos o seu orgulho. Ele estava tão seguro de suas obras, de sua sabedoria que não achou necessário fazer reverência a Deus. Sua oração não era uma conversa com Deus e, sim, uma propaganda de si mesmo. Não havia humildade alguma, pelo contrário, ele foi tão arrogante e, em sua oração, julgava-se superior ao publicano que também estava orando. O publicano, ao contrário do fariseu, reconhecendo os seus pecados e a soberania de Deus, sequer levantou os olhos, mas batia em seu peito pedindo que Deus fosse a seu favor, ou seja, tivesse misericórdia dele, pois era um pecador.

     A humildade é uma virtude que nos faz entender que dependemos de Deus e também uns dos outros. Segundo a parábola, o publicano foi quem desceu justificado. Mas por quê? Porque ele não somente reconheceu o seu pecado, mas buscou o perdão, a mudança de seus atos.

Referência Bíblica: Lucas 18; 9-14